domingo, 22 de maio de 2016

Amanda - Blog Tô Pensando em Ler

Sulco e Heian são irmãos gêmeos, filhos do Rei Alphonsus com a Rainha Arápia, e não poderiam ter personalidades mais distintas. Enquanto Heian, o segundo a nascer, é um rapaz gentil, bondoso e amado pelo povo, Sulco parece ter nascido com a maldade e prepotência em si. Como futuro Rei, o destino de Heilland parece estar fadado à obscuridade.

Sulco cresceu certo de que seria o sucessor, por ser o mais velho. Porém, no dia da coroação, devido às previsões de última hora do mago Heimdall, pai de Mongho, e à seus próprios receios, Alphonsus decide passar a coroa para Heian. Este é o início do fim.

Driadh, do Reino Drutdas e prometida à Sulco, casa-se então com Heian, já que ambos se apaixonaram ao colocarem um os olhos no outro. Mongho passa a ser braço direito do novo Rei, mesmo quando ele ainda não tinha nem ideia de que seria coroado, e estuda com afinco a magia.

Nesta história fantástica medieval, que se passa por volta do ano 1160, somos apresentados a 6 Reinos: Malecs, Vulcans, Heilland, Hurgans, Drutdas e Menfhis. Malecs, um vilarejo mágico e do qual os magos descendem, foi destruído pelos humanos gananciosos, quando suas fronteiras ficaram visíveis. Logo após o massacre e roubo de objetos mágicos, os outros reinos continuaram caçando por anos os remanescentes e remanejaram suas fronteiras, buscando a paz entre si.

Um dos objetos que conseguiu ser escondido foi a bola de cristal, agora em poder de Heimdall. É através dela que o mago enxerga Heian no poder, deixando Sulco irritado e sedento por vingança. Esta bola possui um poder imenso e perigoso.

O livro traz uma fantasia nacional bastante interessante, mas que não chega exatamente a surpreender. Ele é narrado em terceira pessoa e com foco no Reino Heilland, mais especificamente no mago Mongho (isto sim me surpreendeu, pois achei que o protagonista seria Heian). A inocência dos personagens, excetuando Sulco, Cérbus, Nino e Nadjra, culminaram em situações tristes que poderiam ter sido evitadas com um pouco mais de sagacidade. Mas daí, claro, não haveria muita história a contar. 

A autora escreve com bastante desenvoltura, porém a revisão deixou um pouco a desejar. Com direito a cena à la Romeu e Julieta, viagens e situações relativamente inusitadas, o livro prende e me deixou curiosa pelo próximo volume, já que este finalizou em uma situação que pede por continuidade.


Frases Marcantes

“Poucos regressaram da batalha, dizimados por inimigos que não eram vistos, mas sim sentidos na carne: a peste e a fome.” – pág. 18

“ — Não se preocupe, você não está só! O tempo é como o vento. Não apenas leva, mas também traz – disse Heian sorrindo.” – pág. 69

“Mas o tempo, réu e carrasco de todos, encarregou-se de mostrar o quanto estavam errados...” – pág. 82

“ — O poder é uma droga poderosa! – disse em voz alta.” – pág. 224

Capa e Diagramação


A capa traz um tom levemente sombrio e tem elementos da história, como o mago, as espadas (fazendo parte do título, gostei!) e o castelo. As páginas são amareladas e a diagramação é bonita. Os capítulos iniciam-se sempre em uma nova página. Possui orelhas.

O tamanho da letra é bom e o espaçamento entre linhas também. A numeração das páginas é no canto inferior externo. Encontrei vários erros de digitação/revisão, mas em sua maioria não atrapalham na compreensão.




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